10 de dez. de 2010

Sobre como o amor chega

           

           Dia desses estava conversando com um amigo e ele me disse sobre como conheceu a  namorada: “Eu não tava procurando, se estivesse assim, olhando para todas as direções talvez não a visse.” Acredito muito nisso, na (in)oportunidade do amor.

Todo mundo diz, e é a mais pura verdade, um amor nunca vem quando a gente tá esperando por ele. Amor é igual uma caneta que você acabou de usar e agora que precisa de novo não encontra, ela não aparece enquanto você não se distrai e pára de procurar por ela.

Às vezes procuramos tanto por alguém, estamos tão preocupados em encontrar a pessoa certa, que ela chega, vai embora e não nos damos conta. É que o amor não é chegado a hora marcada, a esperas torturantes e horas no salão de beleza. Amor gosta de surpresa, de susto, de pé descalço e beijo roubado. Chega simples e bonito como um dia nascendo, não ensaiado como a abertura de um mega show.

O amor anda meio brigado comigo, deixa ele lá, já disse né? Melhor não procurar, se um dia ele resolver fazer as pazes, estarei aqui de braços abertos para recebê-lo, do contrário já combinei comigo mesma lembrar sempre que existem milhões de possibilidades por ai. Quero sim alguém pra me acompanhar, pra andar junto e acordar de manhã com um carinho no pé, mas não procuro mais. Se você procura dificilmente o que encontra é amor de verdade,  geralmente é só mais uma fantasia que sua mente inventa pra descansar o coração um pouco.


Damari Silveira

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